terça-feira, 9 de novembro de 2010

Antes do Selo

As primeiras mensagens eram em pergaminho enrolado com um atilho, depois constituídas por uma única folha de papel, convenientemente dobrada, apresentando a forma de um rectângulo alongado no sentido horizontal, forma que ainda permanece nos nossos dias. Numa das faces, escrevia-se o texto da carta e, na outra, após a dobragem, escrevia-se o nome do destinatário, endereço e colocavam-se as marcas postais.
Inicialmente, as cartas eram lacradas com cera e, posteriormente, com lacre, sendo este derretido e antes que endurecesse, recebia a marca de origem e segurança (sinete, anel, etc.), que caracterizava o remetente. Com a propagação do uso do papel, surge em Inglaterra, o envelope, com as mesmas características actualmente conhecidas.Com o passar do tempo, a correspondência deixou de ser privilégio de poucos para se transformar numa iniciativa popular e acessível a todos.

O lacre é uma substância obtida através da mistura de resina (retirada de árvores), terebentina e matéria corante que serve para fechar e selar cartas, garrafas e outros objectos.
O lacre está normalmente disponível em forma de barras. A barra funde-se na extremidade mediante um lume, para depois colocá-lo no envelope ou num documento. Quando a cera está ainda macia, imprime-se com um sinete, habitualmente de metal e que contém um desenho ou símbolo que caracteriza o remetente ou destinador e assinala a abertura da carta ou de uma encomenda.

O SELO

Embora já existissem coleccionadores de carimbos e cartas, a data do início da Filatelia (estudo e colecção dos selos do correio) é considerada como a data do lançamento do primeiro selo postal do mundo – o selo negro Penny Black, a 6 de Maio de 1840.
O coleccionismo de selos começou imediatamente após o primeiro selo, graças à sua adopção internacional que fez surgir outros selos em outros países e, consequentemente, os seus coleccionadores.
Os selos, enquanto objectos de expressão e comunicação visual que circulam num país, sempre transmitiram mensagens e ideias em função do contexto social, histórico e económico em que foram emitidos.
Os selos editados para comemorar, para lembrar, para apoiar e transmitir ideias, acontecimentos, personalidades importantes, mantêm, ainda hoje, importância como objecto de identidade e memória do nosso tempo e como testemunho visual dos valores da nossa sociedade.
Embora tantas vezes substituídos por máquinas de franquia e correio electrónico, são ainda um objecto artístico a preservar, sendo acarinhados pelos CTT que os editam, e por todos os filatelistas que se dedicam a coleccioná-los. Apesar do seu tamanho e fragilidade, alguns selos mais raros chegam a atingir valores muito elevados.
Pesquisa elaborada na internet e na revista Noesis
A Malta do Alcoitão

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